Havia um pinheirinho que vivia com os seus companheiros numa serra. Ele não queria ficar ali amarrado, sempre preso ao chão. Ao ver andorinhas a voar, pensava voar como elas. Certo dia, ao acordar, viu uma andorinha nos seus ramos e decidiu conversar com ela.
- Olá andorinha, como te chamas?
- Olá pinheirinho, bom dia. Vou tomar o meu pequeno almoço e vou viajar.
- Como eu desejava poder voar e viajar contigo!
- E podes. Eu gostava de ter companhia nas minhas viagens. Ando sempre sozinha!
- Isso não é possível. Tenho muitos pés e tão enterrados!
- Puxa-te para cima e pede ajuda ao vento.
O pinheirinho pensou no que a andorinha disse e decidiu aceitar a sua proposta. Começou a puxar-se para cima... a puxar-se, mas não conseguia. Entretanto começou a passar um vento, cada vez mais forte, e o pinheirinho continuava a fazer força. Foi então que decidiu pedir ajuda ao vento. O vento ouviu o pedido do pinheirinho, achou muito estranho, mas decidiu ajudar. Começou a soprar com muita força, e então, de repente, a terra começou a subir, as raízes a saírem, e aí vai o pinheirinho a voar. A andorinha estava a observar e quando viu o pinheirinho a voar ficou muito feliz. Foi logo juntar-se a ele para viajarem os dois.
Percorreram o mundo inteiro, viram coisas magníficas, até que um dia, cansados de tanto viajarem, resolveram aterrar. O pinheirinho escolheu o jardim de uma escola para aí morar porque aí havia muita vida. A andorinha também fixou aí a sua residência. Construiu o seu ninho no pinheirinho e teve aí os seus filhos. Os meninos da escola ficaram muito amigos do pinheirinho e das andorinhas.
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Baseado no livro "O Pinheiro Aventureiro",
de Renata Gil e Raquel Pinheiro,
Edições Nova Gaia
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Estêvão João
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